13/08/2008

É tudo tão maior...

Esse post tem como única finalidade desabafar e dividir o que estou sentindo.

Peguei o ônibus hoje para vir trabalhar, como sempre faço. Sentei na frente, antes do trocador e lá fiquei quietinha vendo a paisagem. Bem no meio da minha viagem uma senhorinha entrou no ônibus e ajudei-a a se sentar. A viagem seguiu. Em determinado ponto a senhorinha foi descer e... e caiu gente!!! Ela foi descer e não teve firmeza nas pernas caindo daquele degrau alto do ônibus. Caiu na calçada, bolsa para um lado e ela para o outro. Minha reação? Gritar um PUTA QUE PARIU do tamanho do mundo e descer correndo as escadas do ônibus para ajudá-la. Levantei-a com auxílio do motorista, ela tremia muito. Liberei o motorista, eu não conseguiria seguir naquele ônibus deixando-a ali no meio da calçada sozinha, nervosa. Dei-lhe o braço e perguntei para onde ela estava indo. Ela me disse que ao médico e fomos juntas, de braços dados. Subi no prédio do médico, toquei a campainha, conversei com a recepcionista, expliquei o ocorrido, pedi um copo d'água para ela, recomendei que cuidassem dela... ela estava nervosa demais. Eu? Eu estava bem, forte ali ao seu lado ajudando. Bom, ela me agradeceu muito, eu me despedi e segui meu caminho para o trabalho. Peguei o elevador do prédio comercial e no elevador explodi em prantos. Explodi em prantos como não fazia há tempos. Tanta coisa me passou pela cabeça... minha mãe, a solidão da senhora, o nervoso por estar só e perceber que, embora tenha sido jovem e forte um dia, estava ali super frágil sendo ajudada por uma estranha, me passou pela cabeça se um dia estarei assim, sei lá.... eu só conseguia chorar.

Mas o quero mostrar, mais uma vez, é que a gente não é nada. Ou melhor, a gente é tudo. A gente é o que a gente conquista, o que a gente transmite, o que a gente ama, o que a gente sente, o que a gente vive.

Mas vejam, esse post tem a intenção mesmo de desabafo e de fazer pensar. Fazer pensar que é amor que preenche. Porque as pernas enfraquecem, os braços não tem mais tanta agilidade, a cabeça nem sempre permanece 100%. Mas e o que vivemos? E o que transmitimos? E as gargalhadas que demos? E os amigos que fizemos? Isso fica...

Sem mais...

Beijos,

Nenhum comentário: